Assembleia Legislativa do RS debate uso de cannabis no tratamento da fibromialgia

Assembleia Legislativa do RS debate uso de cannabis no tratamento da fibromialgia

Pesquisa e distribuição pelo SUS serão o tema de audiência pública que ocorre na sexta-feira (12).

Na próxima sexta-feira (12), às 15h, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul debaterá a pesquisa e a distribuição de medicamentos à base de cannabis pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para o tratamento da fibromialgia. A pauta da audiência pública foi escolhida em decorrência da Lei  nº 16.127, promulgada em maio de 2024, que equipara os portadores da patologia às pessoas com deficiência.  

De acordo com o deputado estadual Leonel Radde, proponente da audiência realizada na Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado, a demanda por medicamentos à base de cannabis, por sinal, é bastante expressiva entre os pacientes com fibromialgia.

A Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis do RS, por meio das redes sociais, destacou, ainda, as crescentes comprovações científicas da eficácia da cannabis na redução da dor. Além disso, enfatizou os benefícios relacionados à melhora na qualidade do sono, bem como seus efeitos anti-inflamatório e relaxante em pacientes com a patologia.

Fibromialgia e cannabis

A fibromialgia é uma doença reumatológica que afeta a musculatura e causa dor. Por ser uma síndrome, essa dor está associada a outros sintomas, como fadiga, alterações do sono, distúrbios intestinais, depressão e ansiedade. As causas da fibromialgia são ainda pouco conhecidas. A síndrome afeta principalmente as articulações, os músculos e os tendões.

De acordo com pesquisadores israelenses, o uso da cannabis pode reduzir consideravelmente as dores corporais oriundas da fibromialgia. Na análise feita por meio de revisão em bancos de dados de dois centros médicos de Israel. Os cientistas puderam constatar que alguns derivados da cannabis, além de reduzir as dores, aumentam os intervalos dos sintomas em relação às terapias convencionais.

O Journal of Clinical Rheumatology publicou os resultados em agosto de 2018. Na pesquisa, participaram 26 pacientes com idade média de 37 anos, todos diagnosticados com fibromialgia há pelo menos dois anos. Desses, 73% eram mulheres.

O grupo respondeu a questionários sobre a doença antes e depois do tratamento com cannabis medicinal, que durou por volta de 11 meses. Cada paciente consumiu uma dose média de 8,3 g de canabidiol (CBD) por mês.

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